Num cenário competitivo, decisões precisam ser rápidas e mais assertivas...

A pandemia acelerou muitas mudanças de atitudes e comportamento. As pessoas ficaram mais conscientes da sua vulnerabilidade e da falta que fazem os contatos humanos. Ficaram mais predispostas à solidariedade e, também, ativas na cobrança aos seus representantes e às marcas. A aceleração também aconteceu no ambiente digital; se já vivíamos num mundo digital, isso se acelerou enormemente em diversas esferas.

Com a disseminação dos smartphones e o crescimento do acesso à internet, mais pessoas de todos os segmentos demográficos se sentem à vontade no ambiente digital e este, após a pandemia, será o local por excelência para muitas interações. A pesquisa não é diferente e será digital; já 47% de tudo o que se faz em pesquisa no mundo hoje é online e no Brasil este número é de 52%. A tendência é que isso se acelere rapidamente.

As comunidades online customizadas já existem há tempo e devem ganhar visibilidade e demanda. Elas são uma plataforma de acesso exclusivo a consumidores motivados e engajados, e dispostos a darem respostas em tempo real. Atendem à demanda por agilidade e preço das empresas.

Mas são um paradigma um pouco diferente daquele da pesquisa ad hoc. Cada estudo é, sim, personalizado. Mas deve ser pensado como uma resposta rápida e mais prática, sem uma grande elaboração analítica. As exigências de estratificação e controle amostral estarão lá, mas alguns compromissos devem ser feitos, já que a comunidade é finita.

Uma vez aceitas essas especificidades, as comunidades são uma maneira rápida e econômica para a obtenção de respostas para o negócio. O tempo é abreviado, porque não há a necessidade de recrutamento. Os custos de implantação e manutenção do painel são amortizados em cerca de 6 estudos, quando cada pesquisa passa a ser mais barata na comunidade do que se contratada avulsa. É possível investigar temas que normalmente não valeriam o investimento, caso a pesquisa fosse contratada ah-hoc. Podem ser realizadas pesquisas transversais e criados grupos de “consumidoras-consultoras”. E todos as técnicas de pesquisa - qualitativas, quantitativas, neurociência ou quaisquer outras - podem ser aplicadas, porque a comunidade é uma plataforma de acesso a consumidores pré-segmentados, que permite todos os tipos de interação.