No agregado da população, existe um incremento na intensidade de lavagem de roupa – sabão para lavagem de roupa é um dos itens que mais crescem na declaração de consumo, com um saldo de 33% de crescimento. Entretanto, na pesquisa qualitativa vemos dois padrões diferentes.
Quem fica em casa, sem sair para trabalhar, tende a reduzir a frequência de lavagem. Como a roupa suja menos, lava-se menos e uso de amaciante e passagem de roupa foram reduzidos ou abolidos.
Já quem está saindo para trabalhar, demonstra comportamento inverso. As roupas que vão para a rua são lavadas com mais intensidade, e há, portanto, aumento no consumo não só de detergente e amaciante, mas de água e energia.
Não só em relação a roupas, mas em quase todas as esferas da limpeza, existe uma enorme tomada de consciência para produtos antimicrobianos. O desejo de eliminar o vírus ampliou o desejo de eliminar microorganismos nas mãos, compras, superfícies da casa, chão, roupas, tapetes e móveis. A preocupação parece ser menor apenas em relação ao corpo e cabelo.
A sensação trazida pela possibilidade de usar este tipo de produto traduz-se em tranquilidade, segurança e proteção.
Pesquisa quantitativa realizada pela Perception, Brazil Panels e Engaje. Onda II de 29 de abril a 1º de maio de 2020. 590 respondentes, online, Brasil. Pesquisa Qualitativa realizada em Junho de 2020 com 5 discussões em grupo online, São Paulo.