Os consumidores estão tensos, com as crises sanitária, econômica, política e de liderança se acumulando. E, no plano pessoal, tendo que lidar com vida familiar, social, afetiva e profissional, todas acontecendo no mesmo lugar e ao mesmo tempo. Por isso, a propaganda deve trazer-lhes esclarecimento, oportunidades e apoio.
Considerando que 83% dos consumidores estão buscando preços menores e esta busca se dá, para 41%, no PDV (virtual ou real) e para 25% por propaganda, fica evidente que eles estão caçando oportunidades. É o que dizem 77%, que acham que falar de promoções e preços é uma boa forma de as marcas se comunicarem com seus consumidores; e 51%, que concordam que a publicidade pode falar de características dos produtos, mesmo durante a pandemia.
Entretanto, entendemos que apenas isso não é suficiente: sabemos, por pesquisas qualitativas, que as marcas não devem ser indiferentes à crise na saúde. E este fato é confirmado pela quanti: 64% dos consumidores online dizem que a marca deve mostrar suas iniciativas de colaboração com o combate à pandemia e 50% pedem conselhos sobre como devem agir nesta emergência sanitária. A quali também nos diz para tomar cuidado com iniciativas que possam soar oportunistas; por isso, teste o discurso antes de veicular.
Ou seja, não se iniba de mostrar inovação, desempenho, promoções e preço. Mas seja sensível ao momento e dê dicas, mostre seu comprometimento social e apoie o consumidor nesse momento difícil. E seja transparente e ético. Isso tudo reforçará o vínculo dele com a sua marca.
Pesquisa realizada pela Perception, Brazil Panels e Engaje. Onda I entre 1o e 3 de abril de 2020; Onda II de 29 de abril a 1º de maio de 2020. 590 respondentes, online. Brasil, todas as regiões, homens e mulheres, 18 anos +, NSEs ABCD. Intervalo de confiança: +/- 4,03% a 95% de confiança.