Como em todos os segmentos a pesquisa de mercado vem se transformando rapidamente. O impacto da pandemia não foi somente na migração para o digital. Ele é mais profundo exige de nós reflexões e atitudes rápidas.
O que venho notando é que os respondentes de pesquisas estão cada vez mais sobrecarregados e estressados. O tempo livre, que já era um bem raro, agora inexiste. Num estudo recente com psiquiatras e neurologistas ouvi em quase todas as entrevistas que os quadros ansiosos e depressivos estão lotando os consultórios. A “próxima onda” da pandemia começou e pode não ser algo devido ao vírus, mas ao impacto concreto ou subjetivo que ele deixou. Boa parte dos brasileiros não aguenta mais ser abordado digitalmente e incessantemente pelas empresas, pela mídia e pelos recrutadores. O contato mediado pela tecnologia está causando seus efeitos colaterais.
O número de recusas vem aumentando. O contato é mais difícil, seja telefônico, seja via e-mail ou WhatsApp. Especificamente junto a classe médica, alvo da maioria das pesquisas da H2H|Perception, há maior complexidade de chegar até eles.
Cabe a nós profissionais deste segmento em conjunto com nossos clientes e colaboradores criar ajustes e mecanismos de coadaptação cada vez mais flexíveis para criar condições mínimas de harmonia com este novo ambiente. Já não se trata mais de escolha, a questão é de sobrevivência.