Os consumidores em tempos de pandemia estão preocupados, principalmente, com a saúde, mas também com a economia e suas consequências para suas finanças pessoais. E isso tem impacto muito importante no seu comportamento e atitudes de consumo. Estes são alguns aprendizados da pesquisa que fizemos online, junto com a Brazil Panels e a Engaje e divulgaremos em detalhes ao longo dos próximos dias.
A maioria (60%) está preocupada com a epidemia e, entre as razões, a principal é a saúde (61% dos preocupados a citam), seguida pela economia e finanças pessoais (29%). Durante a quarentena já houve mudança de hábitos. Muitos consumidores – 40% - estão fazendo mais compras online. Além disso, aumentaram o consumo de produtos de limpeza (48% declaram usar mais), sabonetes (44%), cuidados com a roupa (32%) e alimentos básicos (31%) e diminuíram o uso de perfumes (36% consomem menos), maquiagem (21%), refrigerantes (34%) e bebidas alcoólicas (24%), entre outros.
O impacto no consumo continuará após o fim da Covid-19; 76% deles declaram que passarão a comprar produtos mais baratos em ao menos uma categoria após a pandemia. As categorias mais impactadas serão medicamentos OTC e vitaminas (25% declaram que buscarão mais baratos), seguidas por chocolates, balas e biscoitos, perfumes e maquiagem, todos com 24% e medicamentos por prescrição, com 23%.
Depois da crise de 2008 e da recessão seguida por crescimento baixo dos últimos anos, já víamos um consumidor mais senhor das suas compras, escolhendo entre diversas marcas, buscando novidades e consciente dos preços. A crise econômica que certamente resultará da pandemia marcará ainda mais o consumidor e reforçará o desafio às empresas. As marcas que investem em fortalecer seu valor, em inovação e em diferenciais de marca e de produto estarão mais capacitadas a competir pelo coração e pela mente do consumidor.
Pesquisa feita nos dias 1º, 2 e 3 de abril, sobre opiniões e atitudes acerca da Covid-19, com 590 brasileiras e brasileiros acima de 18 anos, de todas as regiões e das classes A, B, C e D. Intervalo de confiança: +/- 4,03% a 95% de confiança.