Estudo coloca Ministério da Saúde entre as primeiras posições no nível de confiança dos brasileiros; 42% dos entrevistados não confiam em Bolsonaro, enquanto 32% confiam.
Na opinião dos internautas brasileiros, o Ministério da Saúde é a 2a instituição, entre mais de 20 pesquisadas, em que os brasileiros mais confiam durante a epidemia de coronavírus: 51% das pessoas o escolhem entre as 5 mais confiáveis. Junto ao Ministério encontram-se profissionais de saúde (66%) hospitais (40%) e Secretarias de Saúde (37%).
Já apenas 14% listam o Ministério da Saúde entre as 5 que menos confiam, número que sobe a 42% no caso do Presidente da República, em quem 32% dizem confiar.
A iniciativa da quarentena, recomendada pelo Ministério da Saúde e implantada pelos Governadores dos estados, também tem apoio da população online. Uma maioria de quase 70% apoia a quarentena como está hoje ou sugere que seja ainda mais radical: 40% acreditam que a restrição de circulação de pessoas foi a melhor decisão e 28% apoiam fechar tudo imediatamente e deixar toda a população em quarentena. Apenas 29% apoiam o isolamento vertical defendido pelos Bolsonaristas, ou seja, deixar apenas os mais vulneráveis isolados; 3%, ainda, acham que tudo deveria voltar ao normal já. Não por acaso, entre os que confiam no Presidente, estes últimos números crescem: 40% apoiam o isolamento vertical e 5% acham que tudo deveria voltar ao normal.
Com um saldo negativo de confiança entre a população, Bolsonaro pagará um preço político pela demissão de Mandetta, com perda ainda maior de credibilidade do seu governo.
Pesquisa feita nos dias 1º, 2 e 3 de abril, sobre opiniões e atitudes acerca da Covid-19, com 590 brasileiras e brasileiros acima de 18 anos, de todas as regiões e das classes A, B, C e D. Intervalo de confiança: +/- 4,03% a 95% de confiança.