A H2H|Perception realizou uma pesquisa com médicos, baseados principalmente em São Paulo, para entender como anda a atividade desses profissionais no meio da pandemia. Todos eles atuam em consultório, ou seja, não estão necessariamente na linha de frente do combate à pandemia.
Assim como a população, os médicos estão preocupados com o coronavírus: 65% deles se dizem ansiosos (este índice é de 72% entre consumidores). Seu volume de atendimentos, que antes era de aproximadamente 200 pacientes por mês, reduziu-se significativamente: 93% dos profissionais relatam diminuição, e esta é, em média, de 55%. Isso apesar de os consultórios estarem abertos na sua quase totalidade – 97% deles continuam funcionando.
Entretanto, a expectativa é que em 6 meses o volume volte ao normal para 53% deles. Os não especialistas (clínicos gerais, pediatras e ginecos) são mais otimistas; 63% destes esperam que o volume aumente nos próximos meses, devido à demanda reprimida.
Quando perguntados sobre o que mudará na sua prática após a crise, 35% esperam que não haja mudanças, mas 37% apostam na telemedicina. Assim como em outras esferas, as tendências possivelmente serão aceleradas pela crise.
Pesquisa telefônica realizada em abril e maio de 2020 com 110 médicos, incluindo clínicos gerais, pediatras, ginecologistas, neurologistas, cardiologistas, oncologistas e reumatologistas.